Sou a única pessoa que chora por ver fotos onde queria estar e não está?
quinta-feira, 30 de junho de 2011
quarta-feira, 29 de junho de 2011
A linguagem não é a melhor. É sentida.
Sabem aquela expressão "Que facada"?
É podre, mas hoje vi coisas que me doeram mais do que se me tivessem dado uma carga de porrada. Aliás, coisas que têm estado sempre lá, eu é que não queria ver. E defendia as pessoas de todas as maneiras possíveis e imaginárias de forma a que culpa fosse sempre minha.
Burra. Não dei ouvidos a quem devia...
Agora sim, podem crer que vai ser diferente. Não voltam, mas é que não voltam a brincar comigo.
Se era uma pessoa fria que queriam, é uma pessoa gelada que vão ter.
É podre, mas hoje vi coisas que me doeram mais do que se me tivessem dado uma carga de porrada. Aliás, coisas que têm estado sempre lá, eu é que não queria ver. E defendia as pessoas de todas as maneiras possíveis e imaginárias de forma a que culpa fosse sempre minha.
Burra. Não dei ouvidos a quem devia...
Agora sim, podem crer que vai ser diferente. Não voltam, mas é que não voltam a brincar comigo.
Se era uma pessoa fria que queriam, é uma pessoa gelada que vão ter.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Chegavas depois da hora.
E enquanto me vias descer a escada, fingias dar mais importância à rua, ao barulho, aos outros.
Mal olhavas para mim, mas davas-me a mão.
Subias atrás de mim. Não que não soubesses o caminho.
Mas ias atrás de mim. Davas-me a mão.
E agora sim, sem eu ver, podias olhar para mim, da cabeça aos pés, com o à-vontade que não tinhas quando esperavas do outro lado da rua, do outro lado da porta.
Entravas, sem um beijo, sem um abraço, quase sem me tocar, e davas-me a mão, até ao quarto.
Observavas tudo. Aí já não tinhas mãos para se entrelaçarem nas minhas.
Davas de novo atenção a tudo, menos a mim.
E quando achavas que eu já tinha perdido a esperança de que me visses, puxavas-me, e enquanto me beijavas, davas-me a mão.
E enquanto me seguravas, davas-me a mão.
Enquanto me guiavas pelos cantos da casa cheia de noite, davas-me a mão.
Enquanto me tinhas, dávamos as mãos.
Quando ias embora, o teu corpo fugia mas o teu olhar já não.
E a tua mão não largava a minha mão.
E enquanto me vias descer a escada, fingias dar mais importância à rua, ao barulho, aos outros.
Mal olhavas para mim, mas davas-me a mão.
Subias atrás de mim. Não que não soubesses o caminho.
Mas ias atrás de mim. Davas-me a mão.
E agora sim, sem eu ver, podias olhar para mim, da cabeça aos pés, com o à-vontade que não tinhas quando esperavas do outro lado da rua, do outro lado da porta.
Entravas, sem um beijo, sem um abraço, quase sem me tocar, e davas-me a mão, até ao quarto.
Observavas tudo. Aí já não tinhas mãos para se entrelaçarem nas minhas.
Davas de novo atenção a tudo, menos a mim.
E quando achavas que eu já tinha perdido a esperança de que me visses, puxavas-me, e enquanto me beijavas, davas-me a mão.
E enquanto me seguravas, davas-me a mão.
Enquanto me guiavas pelos cantos da casa cheia de noite, davas-me a mão.
Enquanto me tinhas, dávamos as mãos.
Quando ias embora, o teu corpo fugia mas o teu olhar já não.
E a tua mão não largava a minha mão.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Adivinha! Hoje é dia 15!
Era um sonho que acabou mal comecei a sonhá-lo.
Saudades daqueles dias.
Da maneira como me deixavas.
Não restou nada. Mas o que restou deixa um gostinho amargo, sabes?
Mas mesmo assim, não quero perdê-lo.
Não posso perdê-lo.
Porque, afinal, é tudo.
(2010-2011)
E juro que penso muitas vezes no dia em que me deste a mão.
E em que me disseste "Eu sou teu".
E em que me fizeste sorrir como ninguém sabe fazer.
E penso que foi que apenas sonho.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Coisas que cativam.
"É a história de um amor proibido.
Ela passa e ele não resiste.
Encanta a necessidade que ele tem de a ter, e a necessidade que ela tem de fugir.
Não podem.
Ela tem toda a sensualidade do mundo, mas com um toque de inocência.
Mas não é uma mulher fatal.
No fundo, ela é a vítima e ele o vilão."
Ela passa e ele não resiste.
Encanta a necessidade que ele tem de a ter, e a necessidade que ela tem de fugir.
Não podem.
Ela tem toda a sensualidade do mundo, mas com um toque de inocência.
Mas não é uma mulher fatal.
No fundo, ela é a vítima e ele o vilão."
+.+
" (...)
Ah, mas se ele adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que o estão a amar!
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
Pr'a saber que o estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar..."
FP
Re-viciei-me nele...
"O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente ;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço."
Fernando Pessoa
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto alguém.
Essas coisas todas -
Essas e o que faz falta nelas eternamente ;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço."
Fernando Pessoa
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Parabéns a Fernando Pessoa
"Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e nao estamos de maos enlaçadas. (Enlacemos as maos.) Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e nao fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses. Desenlacemos as maos, porque nao vale a pena cansarmo-nos. Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente E sem desassosegos grandes. Sem amores, nem ódios, nem paixoes que levantam a voz, Nem invejas que dao movimento demais aos olhos, Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, E sempre iria ter ao mar. Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos, Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias, Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro Ouvindo correr o rio e vendo-o. Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as No colo, e que o seu perfume suavize o momento - Este momento em que sossegadamente nao cremos em nada, Pagaos inocentes da decadencia. Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova, Porque nunca enlaçamos as maos, nem nos beijamos Nem fomos mais do que crianças. E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio, Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti. Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio, Pagã triste e com flores no regaço. Ricardo Reis"
Como eu gosto.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Sem nada.

E vemos que não devíamos ter acreditado nas palavras só por serem bonitas.
Às vezes, nem em nós devemos acreditar.
É incrível como em certas alturas só conseguimos ver as coisas más que temos.
Ou as boas que não temos.
Subscrever:
Mensagens (Atom)